segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Passarinho verde

A origem da expressão, segundo Márcio Cotrim, é aplicada aos apaixonados. " Ver passarinho verde" lembra aquelas pessoas que, sem nenhum motivo aparente, demonstram exagerada alegria. De fato, verde é a cor da esperança - mas e daí? O que o passarinho tem a ver com isso?
A ave em questão é o periquito, que, antigamente, era muito usado para carregar em seu bico mensagens entre casais apaixonados. Assim, avistar o delicado animalzinho seria, por assim dizer, equivalente a localizar o portador dos segredos amorosos; ou ainda, a visão daquele que alimenta nossa deliciosa expectativa de boas notícias em relação ao ser amado.
Sabe-se que esse tipo de relacionamento foi objeto de uma famosa lenda, segundo a qual as moças avisavam os namorados sobre o envio de cartas de amor, colocando um periquito perto da grade da janela. Hoje, esse ato tão lírico e romântico caiu em desuso no bruto e insensível mundo em que vivemos.
Nesse mundo, porém - e felizmente -, ainda sobram pequenas frestas de ternura. São elas que nos estimulam a não perder as esperanças por completo no que diz respeito a esse sentimento.
Afinal, como todos nós sabemos, a esperança é a última que morre, mas também a primeira que nasce...

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Quem sou eu

Mirian Rodrigues Braga é mestre e doutora em Língua Portuguesa pela PUC/SP. Especializou-se em analisar as obras de José Saramago. Em 1999, publicou A Concepção de Língua de Saramago: o confronto entre o dito e o escrito e também participou da coletânea José Saramago - uma homenagem, por ocasião da premiação do Nobel ao referido autor. Em 2001, publicou artigo na Revista SymposiuM da Universidade Católica de Pernambuco. Atuou como professora-assistente no Curso de Pós-Graduação lato sensu da PUC/SP. É professora de Língua Portuguesa e Redação no Ensino Médio e Curso Pré-Vestibular do Colégio Argumento.